Pesquisadores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em colaboração com a Universidade de Stellenbosch (África do Sul), desenvolveram o aplicativo ContraCovid. A tecnologia auxilia pessoas com suspeita ou diagnóstico da COVID-19 a monitorar o progresso dos seus sintomas ao longo dos dias.
O aplicativo é parte do projeto denominado “ContraCovid – Tecnologias para monitoramento da COVID-19”, que investiga técnicas de processamento de sinais e inteligência artificial para desenvolver um método de baixo custo para detecção e monitoramento da COVID-19 através da análise automática de sintomas, particularmente a tosse e a dificuldade respiratória.
O estudo é conduzido pela UFRB, sob a coordenação do professor Igor Miranda, e conta com a participação do professor João Carlos Bittencourt, e dos estudantes Rafael Melo, Gabriel Oliveira, Taylane Oliveira, Breno Prazeres, todos do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CETEC). Também participa da pesquisa Thomas Niesler, professor titular da Universidade de Stellenbosch (África do Sul).
A pesquisa foi autorizada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde do Brasil para condução de experimentos com seres humanos. “Estamos começando uma fase importante que é a coleta de dados para validação dos métodos propostos. A coleta será realizada de duas formas: com dispositivo específico em pacientes hospitalizados e através do aplicativo que criamos para pacientes em auto-isolamento. Com base nos resultados preliminares da pesquisa, o aplicativo também permite que o usuário acompanhe a evolução dos seus sintomas ao longo dos dias”, explica o professor Igor Miranda.
Monitoramento – A ferramenta pretende auxiliar pessoas com suspeita ou diagnóstico da COVID-19 a monitorar o progresso dos seus sintomas ao longo dos dias. Os usuários do aplicativo gratuito dispõem de informações detalhadas sobre o histórico dos seus sintomas para fornecer à equipe médica, se for o caso.
Ao se cadastrar e durante a permanência dos sintomas, são coletados duas vezes ao dia os dados demográficos básicos, o histórico médico, a localização, a frequência respiratória, e a ocorrência de tosse. Segundo os pesquisadores, após o usuário colocar o celular na barriga por 10 minutos, o aplicativo é capaz de coletar informações sobre sua tosse e frequência respiratória por meio de inteligência artificial e processamento de sinais.
Além de exibir o histórico dos sintomas, o aplicativo informa a probabilidade desses sintomas serem da COVID-19. Os idealizadores ressaltam que não se trata de um diagnóstico, mas apontam que a ferramenta contribui na avaliação de forma objetiva. Os dados dos usuários são armazenados com privacidade em um banco de dados que visa desenvolver sistemas automáticos de acompanhamento de pacientes com a COVID-19.
Saiba mais sobre o projeto no site www.ContraCovid.org.
Créditos: Portal UFRB