O problema não é o leite condensado, é o sal de cozinha

Nessa última terça-feira (26/01/2021), impulsionado pela matéria publicada no site Metropoles, o assunto principal nas redes sociais foi o gasto do governo Bolsonaro com compras alimentícias no ano passado. Mais de 1,8 bilhão de reais, um aumento de 20% em relação a 2019.

Vários foram os memes sobre tal assunto, obtendo destaque o gasto de mais de 15 milhões com leite condensado. A mídia tradicional e a militância da esquerda destacaram esse gasto com veemência. Acredito que esse tenha sido o erro.

É preciso destacar que tal gastos com produtos alimentícios dizem respeito a todas as repartições do governo federal, incluso aí estão todos os ministérios, autarquias, universidades e demais órgãos vinculados à administração central. Então, muita calma nessa hora!

Tá certo que esse gasto com leite condensado pode ser justificado pelo consumo das iguarias pelos mais de 300 mil oficiais do exército, além disso muitas são as unidades educacionais administradas pelo Ministério da Educação. Contudo uma pergunta fica no ar, como gastaram tanto com esse produto em plena Pandemia? As Universidades, os Institutos Federais e demais unidades de ensino do governo não estão ou estiveram no ano de 2020 com as atividades paralisadas?

Enfim… Fazendo um esforço comunal é possível justificar tal gasto. Sinceramente, sobre esse assunto o que mais me chamou a atenção não foi o gasto com leite condensado, pra mim o que é estarrecedor é o gasto de 18 milhões de reais com sal de cozinha.

Gente como assim? Aqui em casa 1kg de sal dura em média 6 meses. Isso é uma excrescência! Esse valor equivale a quase 25 toneladas de sal por dia. Meu pai eterno, quem consome tanto NaCl assim? Bom, como em muitos assuntos que envolve o governo federal estamos voltando à idade média, talvez o governo tenha decidido conservar a moda antiga os demais alimentos perecíveis adquiridos. Gente se for isso, avisa esse povo que já existe geladeira.

O fato é que fizeram um auê gigantesco por conta dos gastos com leite condensado, chicletes, alfafa e ervilhas e esqueceram do sal de cozinha. Talvez se a crítica fosse direcionado ao gasto com sal de cozinha poderia ter inibido no dia de ontem o Presidente da República mandar a imprensa à PQP, ou enfiar os leites condensados adquiridos no rabo.

Na minha humilde opinião o problema é o sal de cozinha!

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