Quanto tempo?! Hoje acordei e não consegui sair da cama. Zapeando o Instagram encontrei a nova produção nostálgica de Felipe Castanhari sobre a história da melhor banda de rock e pop que já passou pela terra, The Beatles, foram quase 2 horas de puro entretenimento e sabor nostálgico.
Após o documentário (sugiro que assistam), me veio a vontade de ouvir canções da banda. Foi aí que descobri algo que me deixou fascinado, foi o combustível para escrever após meses de abandono do meu blog. A relação entre o Dia de Finados, The Beatles e o uso da Inteligência Artificial é mais que uma Pauta Justa.
Na intersecção da memória humana e da inovação tecnológica, encontramos um acontecimento notável: o lançamento da música “Now and Then” dos Beatles, em 2 de novembro de 2023, o Dia de Finados. Uma convergência peculiar de significado cultural e avanço tecnológico, este evento revela uma perspectiva intrigante sobre o que o futuro nos reserva.
O Dia de Finados, há muito tempo, tem sido um tributo aos que já partiram, um dia de recordação e respeito pelas almas que habitaram este mundo antes de nós. No entanto, a música lançada nessa data, resgatada e aprimorada com a ajuda da inteligência artificial, nos faz questionar a própria natureza da morte e da imortalidade.
Através do uso de algoritmos e da capacidade de extrair a voz de um dos membros da lendária banda dos anos 1960, “Now and Then” nos apresenta uma realidade na qual a memória e a criatividade podem transcender as fronteiras do tempo e da existência física. Ao dar vida a uma música que remonta ao passado e conectar gerações, a inteligência artificial se torna a ponte entre o mundo dos vivos e o reino dos que partiram.
A questão que surge é a seguinte: será que estamos nos aproximando de uma era em que a imortalidade, não apenas na lembrança, mas na criação, se tornará uma realidade? A inteligência artificial nos permite “ressuscitar” artisticamente aqueles que já não estão mais entre nós. Em essência, estamos dando vida às vozes do passado, e essa façanha tecnológica nos leva a contemplar o que a imortalidade poderia significar em um futuro onde a linha entre o orgânico e o sintético se torna cada vez mais indistinta.
Entretanto, essa exploração não é isenta de desafios éticos e filosóficos. A capacidade de criar arte em nome daqueles que não podem mais fazê-lo levanta questões sobre quem somos como criadores e sobre os limites da tecnologia em relação à alma humana.
Em última análise, o lançamento de “Now and Then” dos Beatles em um Dia de Finados evoca reflexões profundas sobre a memória, a música e a imortalidade em um mundo onde a inteligência artificial se torna uma ferramenta capaz de desafiar as fronteiras do tempo e da existência. O que podemos aprender com essa jornada que mescla passado e presente, e como isso moldará o futuro da humanidade, é uma questão que só o tempo pode responder.